Translate this blog. Please, choose your language

Pesquisar

"Bem vindo e bem vinda ao blog. Espero que goste do conteúdo. Muito obrigada pela visita. Deus te abençoe! e Volte sempre que quiser!" (Marília)

sábado, 2 de setembro de 2023

Mais relatos de bulling e prejuízo




Quem leu meu e-book gratuito, Mundo de Marília, sabe do meu último e grande bulling em níveis nacional e internacional que envolveu professores abusadores. Bem, uma mentira contada uma vez, o mentiroso fica refém de si mesmo para continuar mentindo, disse Lula em uma audiência de quando foi preso político injustamente na Operação Lava Jato. Esses professores agiram feito a OPLJ, queriam me incriminar sem crime e sem provas. Eles distorciam os fatos e tentaram me prejudicar por causa de questões pessoais.  Quem perdeu foram eles, porque a faculdade ficou "suja" bem como os intintulados erroneamente de docentes, pois muitos prejudicados se uniram e os denunciaram também. Claro! de uma forma mais efetiva que a minha.

Entretanto, não é de hoje que esse tipo de pessoa me submete à humilhação. Na época da faculdade de veterinária, quando saímos do ciclo básico e fomos estudar no DMV (Departamento de Medicina Veterinária), nos deparamos com professores problemáticos. Um deles era Edvaldo e o outro era Tuddudy, um idoso argentino, ambos da área de cirurgia. O primeiro era cirurgião do departamento e o segundo era professor de técnica cirúrgica. Na primeira prova desta matéria, eu tirei acima de 90, mas depois de uma humilhação, em sala prática, eu passei a não prestar muita atenção nas aulas, pois havia me desiludido com o professor. Ele havia me passado algo para eu pegar na sala de cirurgia deixou cair de propósito, mas eu não percebi a intenção dele. Então, baixei para pegar. Aí, alguém me disse que já estava contaminado e não era para pegar. É que me colocaram como sendo a enfermeira da equipe da aula prática. Aí, depois que me disseram pude entender que ele estava me humilhando. Eu não lembro se teve mais alguma coisa. 

Só sei que o encanto e facilidade em entender essa matéria foi embora. Perdi a oportunidade de treinar mais por causa dele e de outros dois. No caso, teve o professor de cirurgia que colocou na prova só raio X e eu tirei 0,5. A única prova que tirei nota tão baixa porque ele se achou no direito de colocar assunto da matéria de Radiologia do período anterior. A professora dessa disciplina também não gostava de mim e não ensinava bem. O fato é que eu tirei em torno de 60, mas não foi tão baixa. Eu e a maioria da turma ficou com essa sensação de não ter aprendido, sei disso porque conversávamos sobre isso. Edvaldo havia me humilhado uma vez, não lembro como, mas repetiu a operação quando eu estava no último ano, no TCC. Quando ele me viu de longe, no corredor do hospital, eu já no nível do laboratório de análises clínicas e ele na entrada do setor de cirurgia, gritou me ordenando pegar algo para ele e eu disse: "eu não", mas quase que ia pegar no automático. Me senti tão bem em perceber e não cair no bulling.

Eu até falei para a minha ex-orientadora, que era da área de cirurgia, mas não fazia tantas assim para me treinar. Ela queria que Tudury fosse parte de uma das bancas, mas eu discordei na hora e expliquei o que tinha ocorrido. Ela me disse: "por que você não me falou antes?" e compreendeu. Então, me voltei para a clínica de pequenos animais. Alíás, apesar dela ter me dito que eu era estranha e saber do que ocorreu com esse abusador argentino, ela se colocou em uma postura de me humilhar também em algumas situações estressantes. Eu aguentei porque eu já estava cansada e querendo terminar o curso. 

O fato é que cirurgia dá mais dinheiro que a clínica e eu perdi a oportunidade de seguir no ramo da veterinária que eu gostava. Essa era a primeira opção. Depois perdi a oportunidade de ser monitora do laboratório de análises clínicas, pois eu deixei de estudar, embora tenha tentado e até me inscrevi. No entanto, minha primeira ex-namorada não havia entendido que eu não poderia estar com ela nesse período e eu acabei vindo ao interior dar atenção a ela, mas trouxe os livros para estudar. Não consegui nem estudar, nem me encontrar com ela. As aulas de laboratório também eram fáceis de entender eu gostava, sendo uma boa opção, pois faltava no mercado, nas clínicas. No entanto, nessa época, o namoro estava por um fim, e eu fiquei muito focada nessa perda. O que me prejudicou também. Além disso, eu precisava de atenção e orientação especial para focar na faculdade e no que viria depois, o emprego. O que entendi foi que as pessoas mais maduras e com bom manejo social foram as que mais se arranjaram e se adequaram como profissionais independentes. Havia uma competição de quem seria agraciado e eu não estava preparada. A ex-orientadora até me sugeriu continuar na faculdade fazendo mestrado, mas eu não aguentava mais ela. Enfim, perdi muitas oportunidades porque eu não tenho manejo social.

Já escutei muito alguns me dizerem para ter atitude de quem se respeita ou para "eu me amar mais" assim, as pessoas também vão me respeitar. O problema não é esse. Eu me amo e me respeito. Reconheço minhas qualidades e defeitos. Estou em contínuo auto-conhecimento, aliás. O problema é que eu não sei como demonstrar ou impor autoridade ou respeito. Eu nem sabia que as atitudes do outro comigo teria de depender da minha atitude primeiro porque eu sempre pensei e agi conforme a minha consciência e não conforme "a música". 

Também, igualmente com relação a ser gentil com todo mundo. Eu me sinto bem com a gentileza e trato as pessoas conforme eu gostaria que me tratassem, a não ser que eu tenha perdido a serenidade em meio a tantos estresse pós-traumático. Ninguém é tão sereno quanto Jesus foi, mas, sendo cristã, me imponho a ser o máximo que posso. E estou em constante vigilância, logo, em auto-observação. Hoje, eu entendo que funciona desse jeito porque já passei por isso, mas ainda discordo que eu tenha de ser rude com quem é rude comigo, por exemplo. Eu prefiro me afastar. Entende? 

É muito desvantajoso viver conforme um neurotípico, não sendo uma. O desgaste mental, emocional e energético é grande. Ah! Eu só me formei em 2007 porque uma colega da turma da tarde, Elizabeth, me deu apoio moral quando nos vimos na biblioteca. Estávamos pesquisando publicações e ela começou a conversar. Ela me perguntou como tava o TCC e cheguei a desabafar a minha tormenta em que a professora que me orientava queria que eu repetisse o último ano, logo, ela queria me convencer de que me reprovar era melhor. Ai, Beth me disse que ela tava era louca de me dizer isso e que eu não aceitasse. Não deixasse ela fazer isso comigo. Teve outros abusos e estresses também, mas esse post vai ficar muito grande. Deixa para lá, pois não fico bem relembrando.

Enfim, quem não entende (a maioria) me culpabiliza pelos abusos, como se eu tivesse "um manual de instruções sociais". E eu não entendo porque eu tenho que seguir essas regras que eu discordo. Acho injusto receber a penalidade social já que ninguém é igual a ninguém e somos livres, pelo menos teoricamente, para agirmos conforme nossa consciência. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário respeitosamente

Eu sou uma boa pessoa

"Você é uma pessoa boa, Mari". Essa frase eu já escutei algumas vezes de amigas e amigos "irmãos". Eu comecei a entender...