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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Por que autistas são deficientes?



          Bem, eu vou responder de uma forma mais popular e outra baseada em um artigo de revisão sobre alexitimia. Autistas são considerados deficientes por não estarem adaptados biologicamente às exigências sociais. Um dos símbolos que se usa na comunidade é o de um girassol, justamente, porque significa a invisibilidade. Eu nem gosto de dizer “doença” invisível e já expliquei o motivo. Veja nesta publicação aqui.

O que será, então, que os leva a não conseguirem, por si sós, sem apoio de profissionais, a viverem seu pleno potencial e florescerem? Sabemos que o cérebro é plástico, portanto, pode renovar suas sinapses. Com autistas é igual, mas depois de muito mais estímulo que o convencional. Eles precisam de atenção especial para conseguirem se conectar e também para aprenderem a se autoperceber e autocontrolar porque autistas têm baixa tolerância com a frustração quando a percebem.

Qual será o motivo dessa dificuldade? No caso de autistas é biológico, uma vez que está implicado dano a estruturas cerebrais. Entretanto, não é o fim. O apoio profissional e a insistência dos pais e responsáveis são cruciais para o cérebro autista se adaptar, mas há condicionantes e limites. Aí entra a questão de apoio do governo com políticas públicas já que a sociedade ainda não está adaptada à neurodiversidade.

Revisão de literatura sobre alexitimia elaborado por Carneiro e Yoshida (2009) explica cientificamente a questão da deficiência do alexitímico, o qual abrange para além do autismo e faz um link com as doenças psicossomáticas. As autoras dizem que A deficiência emotiva ou de reconhecê-la e controlá-la é a expressão dessa alexitimia. Veja o mapa mental abaixo, caso não consiga ler, clique na imagem ou aqui para acessá-la com uma melhor resolução. Do seu lado direito, você vai ver um amarelo bem destacado que detalha sobre essa deficiência neurobiológica.

Alexitima: conceitos
Mapa mental: alexitimia


Os estudos de neuroimagem apontam que os alexitímicos têm dificuldade de entrar em contato com suas emoções, logo, de senti-las e expressá-las, bem como controlá-las, sejam sentimentos bons ou ruins. Um exemplo, uma autista quando recebe um elogio fica muito feliz a ponto de incomodar quem estar ao seu redor e não percebe o incômodo do outro também. Pode até ser repreendida a ponto de “murchar” demais e ficar internamente triste sem se dar conta desses extremos de mudanças e porque exatamente.

 Aliás, as emoções com seu comportamento expresso podem parecer exagerados devido à incapacidade autista de modulá-los sozinhos. Isso ocorre devido a um erro na conexão entre os dois hemisférios cerebrais e/ou entre a amígdala e o córtex pré-frontal. Esse defeito pode ter sido causado por extremo estresse durante a vida uterina e infância no caso de pessoas dentro do espectro autista.

 

REFERÊNCIA

CARNEIRO, Berenice Victor; YOSHIDA, Elisa Medici Pizão. Alexitimia: Uma Revisão do Conceito. Psicologia: Teoria e Pesquisa. SciELO, v. 25, n. 1, pp. 103-108, jan-mar, 2009, Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-37722009000100012

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